Sarah Nelson é o oposto de uma garota comum de 12 anos. Sua mãe tentou afogá-la quando tinha tinha 2 anos, crime que tirou a vida de seu irmão gêmeo. Desde então, é criada pelo pai alcoólatra, e se muda de cidade toda vez que seu segredo é descoberto. Por causa de seu trauma, Sarah procura todos os sinais de
loucura em seu comportamento, pois não quer acabar internada em uma clínica psiquiátrica como sua mãe.
A sua angústia começa quando termina o ano letivo, e na série seguinte ela precisará fazer uma árvore genealógica. Então, em meio aos seus diários, palavras-problema e conversas com sua melhor amiga, uma planta chamada Planta, ela planeja sua fuga.
Além de seus problemas familiares, Sarah lida com a chegada da adolescência, primeiras paixões, à espera para o primeiro beijo e para furar as orelhas. E ela desabafa escrevendo cartas para seu personagem favorito, Atticus Finch de O sol é para todos.
Claros sinais de loucura é um relato sensível e até bem humorado de uma criança que foi obrigada a crescer muito cedo para poder lidar com seus traumas, e isso dá a ela uma maturidade muito grande, apesar da pouca idade.
Karen Harrington expõe os traumas e as angústias de Sarah de uma maneira muito sensível e cativante. Ela se refugia em palavras que costumam causar problemas, escondendo diários e lendo muito. Além disso, a garota tem apenas uma amiga na escola, que é longe de ser sua confidente (é o papel de Planta), e tenta ser amiga da vizinha mais velha, acreditando que aos 20 anos todos os seus problemas estarão resolvidos. Essa crença faz Sarah quase existir, pois várias crianças e adolescentes acreditam que quando forem adultas, ou estiverem na faculdade sua vida mudará e seus problemas serão resolvidos. Sarah também apresenta uma grande carência afetiva, devido a ausência do pai, que mora com ela, porém não dialoga, e muito menos fala sobre o passado.
Eu gostei bastante da história, nunca um livro infanto-juvenil tinha me feito refletir tanto.
Citações:
Descobri que é preciso ter coragem todos os dias, como se escolhe a camisa que vai vestir. Não é automático.
Aqui está mais uma coisa que aprendi sozinha. Depois que algo muda na sua vida, é melhor esperar por mais mudanças. É como derrubar o primeiro dominó. As outras peças não podem fazer nada, só cair onde estão. Se você tiver sorte, não vai se importar com o jeito como elas caem.
Oie, ouço falarem tanta coisa boa a respeito, primeira resenha que leio e me interessei bastante, ta anotado. Beijos
ResponderExcluirQue bom que se interessou!!! Vale muito a pena, sério! É apaixonante!!
ExcluirSeja bem vinda a bordo!!
Me interessou MUITO esse livro. Parece ser muito bom. Adoro livros que tenham esses temas. E sua resenha me fez ficar com mais vontade ainda de comprar e ler.
ResponderExcluirBjss e boa sorte com o blog!
www.umolhardeestrangeiro.blogspot.com
É simplesmente maravilhoso! Não esperava tanto de um infanto-juvenil! Essa temática é ótima, não é mesmo? Seja bem vinda a bordo!!
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